Coaching focado em Liderança Situacional
Coaching focado em liderança situacional Por Aline Morais Falar em coaching para lideranças é como falar de números, as possibilidades são infinitas...
Portanto, é muito importante que o desenvolvimento da liderança seja pautado em um modelo que faça sentido para toda a organização, existem muitos conceitos e modelos de liderança, mas um dos mais utilizados na gestão de pessoas e muito difundido no mundo é o conceito de liderança situacional que foi desenvolvido em 1969 pelos doutores Ken Blanchard e Paul Hersey e consiste na relação entre o líder e o liderado, onde não existe um estilo de liderança adequado para todas as situações, mas pessoas em ocasiões diferentes requerem estilos de liderança diferentes por parte dos gestores. Na liderança situacional o papel do líder é trabalhar com pessoas, influenciando-as para que integrem seus objetivos pessoais aos objetivos organizacionais e ao mesmo tempo desenvolvendo-as. A explicação abaixo é baseada na teoria de seus desenvolvedores e foi resumida pela autora, para melhor compreensão. O conceito concilia duas habilidades essenciais ao líder: A de diagnosticar: consiste em utilizar um estilo de liderança adequado através da identificação do grau de maturidade do liderado; A da flexibilidade: consiste na capacidade de ora exercer um estilo de liderança e ora outro estilo. Durante o diagnóstico cabe ao líder identificar os níveis de desempenho do liderado: Na competência: o que a pessoa sabe em relação a conhecimentos teóricos e vivenciais. No empenho: na motivação e na autoconfiança que a pessoa possui para construir uma tarefa. O desempenho pode ser classificado em níveis 1, 2, 3 e 4, sendo: D1: O liderado é conhecido como “Principiante Empolgado”, pois, possui baixo grau de competência e alto grau de empenho. D2: O liderado é conhecido como “Aprendiz Decepcionado”, pois, possui já alguma competência e um baixo de grau de empenho. D3: O liderado é conhecido como “Capaz Hesitante”, pois, possui de média a alta competência e um grau variável e oscilante de empenho. D4: O liderado é conhecido como “Realizador Autoconfiante”, pois, possui alto grau de competência e alto grau de empenho. O grau de desempenho do liderado está diretamente ligada a sua maturidade: M1, M2. M3 e M4. O líder deve se atentar que os níveis de desenvolvimento estão diretamente ligados as tarefas e não ao cargo do liderado e deverá exercer dois tipos de liderança: Diretivo: é o líder claro e objetivo, que mantêm uma postura mais autoritária e de direção, é quando “o que líder diz é que prevalece.” Apoiador: é o líder aberto e compartilhador, que mantêm uma postura mais democrática, é quando “o que o liderado faz é que prevalece.” A partir disso o gestor poderá atuar em níveis 1, 2, 3 e 4 de estilos de liderança: E1: é quando o liderado está na posição D1-M1, o líder deverá oferecer “Direção”, sendo mais diretivo e menos apoiador, pois, necessita mostrar o caminho que o liderado deverá seguir, pois, ele estará empenhado para exercer a tarefa. E2: é quando o liderado está na posição D2-M2, o líder deverá oferecer “Treinamento”, sendo diretivo e apoiador, pois, o liderado precisará ter maiores informações e maior grau de incentivo para enfrentar a tarefa. E3: é quando o liderado está na posição D3-M3, o líder deverá oferecer “Apoio”, sendo menos diretivo e mais apoiador, pois, o liderado já terá a experiência, mas poderá estar mais cansado ou desmotivado. E4: é quando o liderado está na posição D4-M4, o líder deverá “Delegar”, oferecendo menos direção e menos apoio, pois, o liderado já terá o conhecimento, a experiência, a motivação e a autoconfiança devido a sua maturidade para a tarefa. Adotar um modelo de liderança situacional pode trazer alguns resultados para a organização, que na visão da autora podem ser considerados: aumento da produtividade das áreas: se os liderados possuem apoio e direção, efetivamente, se sentirão mais preparados e incentivados a melhorar sua performance, maior competitividade da empresa: se a empresa é mais produtiva também estará mais competitiva e atraente perante a concorrência e melhores resultados para a empresa e para as pessoas: se a empresa está mais competitiva a probabilidade é de que terá maior participação no mercado e a conseqüência serão resultados em formas financeiras, de melhorias contínuas, de investimentos, de desenvolvimento e de crescimento de seus colaboradores.
Aline Morais - Executive Coach
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